Querida professora do meu ❤️,
Há quanto tempo não falávamos? Culpa minha, eu sei… tu estás sempre aí, disponível, e eu, perdida no turbilhão do trabalho.
Mas hoje trago boas novas: estou oficialmente de férias! Não acreditas? Pois é, se ontem ainda estava a submeter reapreciações dos Exames da 1.ª fase, hoje estou… num avião a caminho do Catar! Tens de acreditar, porque desta vez não há PC aberto, nem planeamentos, nem calendário de avaliações, nem teste diagnóstico, nem grelha de Excel para a turma nova… nada disso. Estou de férias! Já disse, e vou repetir quantas vezes for preciso...tenho que me convencer certo?
Agora, senta-te que vou contar o dia desde o início, porque rir da desgraça alheia é serviço público e eu não podia privar-te desse prazer 🤣
04h15 – O despertador toca. Levanto-me, banho rápido, pois o José, o nosso Uber, está quase a chegar. Tempo apenas para beber um iogurte líquido de frutos silvestres e sair porta fora.
Entra o José em cena: noite escura, carro elétrico, simpático… mas com um porta-bagagens minúsculo! Como assim um Uber não tem espaço para duas malas médias? Resultado: um vai à frente, eu vou sozinha atrás para que mala possa ir ao meu lado. Os 30 minutos até ao aeroporto pareceram duas horas – eu a sentir que não estava no meu melhor...algo de errado nao estava certo...Péssimo presságio para quem vai enfrentar mais de 7 horas de voo rumo à Ásia.
Chegamos ao aeroporto. Calor, muito calor. Fila para o check-in. E Eu? Eu a piorar a olhos vistos. Até que… pronto, chegou o momento: saí a correr da fila, por baixo dos elásticos, corri pelo meio do aeroporto...eu sabi que ia acontecer...corri para vomitar no lixo mais próximo..que horror, que vergonha... Sim, leste bem.
O iogurte de frutos vermelhos não resistiu e eu também não!
E como a vida gosta de adicionar pitadas de ironia, no auge do meu drama surge uma criança que queria… deitar a garrafa de água no mesmo lixo durante a minha "cena". Tive de interromper o meu momento para que o pequeno cidadão pudesse cumprir a sua missão ambiental. Depois disso, segunda parte do meu “alívio” garantida e continuada.
Voltei para a fila como se nada tivesse acontecido (porque dignidade a esta hora já não havia) e lá seguimos para a porta de embarque… a número 45, obviamente a mais distante do aeroporto. Antes das 8h da manhã já tinha feito 3 km, de estômago vazio e com a reputação abalada.
Tem tudo para correr bem, querida professora do meu ❤️. Reza por mim, vou precisar!
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