O nosso dia começou às 08h30 com o pequeno-almoço no hotel: 50 riais por pessoa. Caro, sim, mas pelo menos estava fresco e o empregado, simpático, ofereceu panquecas. Aceitei logo, claro. Pena foi terem ficado apenas no planosde aula, ainda as espero...
Cheios de ânimo, descemos para o metro rumo à marina, prontos para apreciar a vista. Mas... surpresa: ruas totalmente desertas. Quem é que, no seu perfeito juízo, anda na rua com 45 graus à sombra? Tirabdo que nao havia qual sombra num espaço de kms...o calor em West Bay era tão extremo que quase desfalecemos. Até o semáforo parecia gozar connosco, sempre vermelho. Resultado: experiência intensa e regresso imediato ao hotel antes das 13h. Sobrevivência garantida mais ou menos, turismo… nem por isso.
Algumas horas depois, decidimos tentar a piscina. Prometia refresco, mas quando mergulhámos… a água estava quente. Sim, quente! 🤦♀️ O choque foi tal que só me restou perguntar: mas porquê, Doha?
Às 19h, chegou o ponto alto gastronómico: jantar no luxuoso Parisa Ritz, no Souq Waqif. O brilho era permanente, a decoração deslumbrante — sem dúvida o restaurante mais chique onde já estive, até fiz reserva. O prato? Para mim Galinha estufada com arroz amarelo e romã. Depois de tanta sofisticação, galinha estufada! Não estava má e valeu muito pela experiência e pelo pudim de tâmaras.
No regresso, deparámo-nos com um belo camelo deitado no meio do mercado. Sereno, indiferente ao calor, absolutamente no controlo da situação. Talvez o único a quem Doha não dói.
Depois do jantar, e já de noite, apanhámos o tram para uma visita panorâmica. Só que… havia um pequeno detalhe: não saía debaixo de terra. Panorâmico como? Custei a acreditar. Voltámos a sair na marina, desta vez com uma temperatura “mais agradável” (38 graus — quase brisa fresca para os padrões locais). De lá, vi finalmente a tão falada roda gigante. Visível, sim, mas inacessível pela distância com as condições climatéricas existentes.
Tentámos aproximar-nos, mas o tram decidiu que não. A roda gigante já estava do outro lado da margem quando voltámosa sair na outra paragem. Foi nesse momento que percebemos: aquele dia não era para nós. O melhor mesmo era regressar ao hotel e aceitar a lição: camelos há muitos😁
Comentários
Enviar um comentário